terça-feira, 15 de julho de 2025

PGR pega mentira! Anderson Torres forjou viagem a Orlando e ignorou alertas no 8/1

 


A Procuradoria-Geral da República revelou que o ex-ministro bolsonarista Anderson Torres forjou uma passagem aérea para justificar sua ausência durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Nas alegações finais enviadas ao Supremo Tribunal Federal, a PGR afirmou que o código de reserva “MYIDST”, apresentado por Torres como sendo de um voo para Orlando, nos Estados Unidos, não está vinculado a ele e não há qualquer registro da viagem no sistema da companhia aérea Gol.

A defesa tentou alegar que a viagem foi planejada com antecedência, que Torres entrou de férias no dia 9 e que teria deixado um Plano de Ações Integradas pronto. Segundo os advogados, esse plano, se seguido, teria evitado os ataques. No entanto, a PGR desmontou essa versão ao comprovar que a suposta passagem era falsa e que houve alertas claros dos órgãos de segurança sobre o risco de invasões, ignorados pela gestão de Torres.

Relatórios da Força Nacional enviados em 6 de janeiro à Secretaria de Segurança Pública do DF já alertavam para possíveis ações violentas, mencionando inclusive uma tentativa de "tomada do poder" e o aumento do número de ônibus com extremistas vindo de outros estados. Apesar disso, nenhuma ação concreta foi tomada por Anderson Torres, então responsável pela segurança da capital federal.

Para a PGR, a conduta de Torres foi de omissão deliberada e conivência com o plano golpista. A ausência de reforço policial e a resposta lenta às invasões do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto reforçam a suspeita de que o ex-ministro agiu para facilitar os ataques coordenados por bolsonaristas radicais.

A acusação desmonta a farsa construída por Torres e coloca mais um elo do bolsonarismo no centro da trama que tentou destruir a democracia brasileira. A tentativa de fuga com documentos falsos, em meio a uma operação golpista, expõe o nível de desespero e comprometimento de membros do núcleo mais próximo de Jair Bolsonaro.

A decisão final sobre a responsabilidade criminal de Anderson Torres caberá ao Supremo, mas a PGR já deixou claro: o ex-ministro não apenas falhou em impedir os ataques — ele ajudou a prepará-los com sua ausência forjada.

Com informações do DCM

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