sábado, 12 de março de 2022

Aluizio Santos participa de encontro em Afonso Cunha-MA

 

Atendendo convite do vereador Zico Bento e dos suplentes Nonato do Correios e Zezinho da Padaria, o engenheiro civil e pré-candidato a deputado estadual, Aluizio Santos participou na cidade de Afonso Cunha de encontro com lideranças políticas e representantes do Sindicato dos Servidores e Profissionais da Educação.

Durante o encontro, Aluizio Santos ouviu o relato sobre os problemas da cidade e principalmente quanto à recusa da prefeitura em conceder o aumento de 33,24%.Estou à disposição e reafirmo meu apoio aos profissionais da educação na luta pelo aumento e a valorização.



quarta-feira, 9 de março de 2022

Prefeitura de Santana do Maranhão realizou evento em homenagem ao dia Internacional da Mulher

 


 Na manhã de terça-feira (8) foi realizado pela Secretaria de Administração um evento para comemorar o dia Internacional da Mulher .

Foi proporcionado uma solenidade com café da manhã especial para as mulheres. 

Participaram da homenagem a primeira dama, Eridan Santiago, a vice-prefeita, Angela Oliveira, a enfermeira Anastácia, Secretária de Saúde, Michele Galgani, o Secretário de Administração, Marcos Fabrício, a Secretária de Educação, Franciane Melo e presença de diversas mulheres servidoras da prefeitura municipal.

O evento contou com palestra motivacional sobre empoderamento da mulher com a participação da influenciadora e especialista em marketing, Sheylane Verás,

"Esse momento de hoje dedicado ao dia internacional da mulher, para nós mulheres, é de grande importância, pois é sinônimo de reconhecimento e valorização a todas as mulheres, pois reconhece a importância que a mulher tem nos mais diversos seguimentos da vida, e nós como administração estamos reconhecendo e valorizando a importância da mulher " disse a primeira dama Eridan Santiago.

A vice-prefeita Angela Oliveira, em entrevista ao blog do Ilder Costa, deixou uma mensagem especial as mulheres santanenses.

"Gostaria de desejar a todas as mulheres santanenses um feliz dia da mulher, que elas possam continuar sendo essas mulheres de força, e sendo mulheres guerreiras, mulheres fortes, e um feliz dia da mulher", disse a vice-prefeita, Angela Oliveira.

O Secretário Marcos Fabrício, falou  da importância da mulher e desejou as mulheres presentes e a todas as mulheres santanenses um feliz dia da mulher.

Na ocasião foram distribuídos brindes, e lanches para alegria dos participantes.

                            


Nota de utilidade pública: Uma carteira contendo cartões bancários do senhor Pedro Alves Sousa foi encontrada na Avenida Paxicá -Tutoia-MA

 


Uma carteira contendo vários cartões bancários foi encontrada nas proximidades da Escola Monsenhor, na Avenida Paxicá.

A carteira é do senhor Pedro Alves Sousa e ele pode ir ao depósito do Daniel localizado na avenida Paxicá para buscá-la, procurar o senhor Bruno, ele está de posse  carteira junto com os cartões.  

Contato: 98 98589-1535


sexta-feira, 4 de março de 2022

O programa Minha Casa Melhor fará a entrega de 100 cartões em Tutoia nesta sexta-feira (04)

 

Sugestão de pauta: Governo do Maranhão realiza a entrega de 291 cartões do Minha Casa Melhor na região dos Lençóis Maranhenses.

O Minha Casa Melhor, que em sua primeira fase beneficiou 45 mil pessoas, nesta segunda etapa já soma mais de 1558 famílias beneficiadas e até o final desta etapa, serão 10.000 contempladas com o cartão de R$600.

Nesta quinta (03), as entregas iniciam em Humberto de Campos, onde 54 famílias foram beneficiadas no município. Em Primeira Cruz, serão entregues 35 cartões na Escola Municipal Leoncio Rodrigues a partir de 14h.

Na sexta (04), 35 famílias de Paulino Neves vão receber os cartões do Minha Casa Melhor, a partir de 9h no C.E Alfredo Dualibe. Em Tutóia, serão entregues 100 cartões no C.E Casimiro de Abreu. As entregas continuam no sábado em Araioses, a partir das 9h no Cras- Sede- Araioses.

Cada contemplado receberá um cartão de R$600 para a compra de móveis, utensílios para o lar e o gás de cozinha, nos estabelecimentos parceiros. 

Criado pelo governador Flávio Dino e coordenado pela secretária adjunta, Cricielle, o programa tem como principal objetivo atenuar os impactos sociais e financeiros da pandemia da Covid-19, levando mais qualidade de vida para milhares de lares e aquecendo o comércio das cidades.

terça-feira, 1 de março de 2022

Faleceu hoje, às 5 horas em São Luís do Maranhão, no HCI, o Tutoiense Domingos da Conceição Pereira.


        Faleceu hoje, às 5 horas em São Luís do Maranhão, no hospital HCI, o senhor Domingos da Conceição Pereira, tutoinse, morador do distrito de Belagua.  Ele tinha 82 anos, deixa viúva, seis filhos, vários netos e dois bisnetos.

    Senhor Domingos, era um trabalhador rural aposentado, como tantos outros em nossa Tutoia que contribuí para o desenvolvimento e desbravamento dessa região.


    Viveu uma vida honrada e digna.  Lutou com muita honestidade e denodo para sustentar e dar dignidade para sua família. Cumpriu sua missão.

    O velório será a partir das 22h, em sua residência. O sepultamento será amanhã pela manhã no cemitério de Belagua. Vá em paz guerreiro!!


 Domingos da Conceição Pereira

(04/08/1939 + 01/03/2022).

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Governo do Maranhão entrega obras turísticas em Tutóia nesta sexta-feira (25)

 



A Secretaria de Estado do Turismo (Setur) segue investindo na infraestrutura turística do estado e realizará nesta sexta-feira (25), a entrega oficial de obras no município de Tutóia, a partir  das 9h.

Na cidade de Tutóia, a arena de beach soccer contará com implantação de quadra em areia, sendo uma extensão da Praça de São Pedro, com arquibancada e alambrado de proteção lateral e superior, além de iluminação em refletores para partidas noturnas. O equipamento vai proporcionar a prática de lazer e atividades físicas, promovendo melhoria da qualidade de vida dos tutoienses. 

Vale ressaltar também que em 2021, a Setur entregou a ampla e moderna Praça São Pedro para a cidade de Tutóia que se tornou cartão postal do polo turístico. 


Fonte: Setur


Baleia, de Graciliano Ramos, e o sonho como forma de esperança


Em carta dirigida à esposa (Heloisa de Medeiros Ramos), datada de 7 de maio de 1937, o escritor alagoano Graciliano Ramos registrava que havia escrito um conto sobre a morte de uma cachorra. Dizia que a empreitada (o troço) era difícil. Afirmava que procurava adivinhar o que poderia se passar na alma de uma cachorra. Perguntava se cachorros teriam alma. A cachorra que Graciliano mencionava, ainda personagem de um conto, estará mais tarde em “Vidas Secas”, livro indispensável. O nome da cachorra é “Baleia”. No livro “São Bernardo” Graciliano também constrói um outro cão personagem: o “Tubarão”. Baleia, no entanto, é mais marcante do que Tubarão. Baleia e Tubarão não estão ou vivem no mar. São cães. Na escolha desses nomes pistas que marcam um escritor de ideias firmes. Teimosia até. Cães com nomes de seres do mar.

Há na tradição literária uma extensa lista de cães que veiculam alegorias narrativas, geralmente de fortíssima tensão psicológica. Nessa lista, o Cão das Lágrimas, de José Saramago. O Cão das Lágrimas enxugou as lágrimas da Mulher do Médico, no “Ensaio sobre a Cegueira”. O Cão das Lágrimas confortou a Mulher do Médico, desamparada nas ruas. A Mulher do Médico buscava comida para os cegos que ficaram na prisão. Era uma valente personagem. O Cão das Lágrimas retorna no “Ensaio sobre a Lucidez”. Confiram seu fim. Não se desapontem. O Cão das Lágrimas era um cão encantador, que percebia quem dele necessitava.

Há também Argos, o fiel cão de Ulisses, cujo encontro, após muitos anos de ausência, é uma apologia da amizade e do apego. É um canto lindo da Odisseia. Quando o herói retorna da Guerra de Troia, irreconhecível, disfarçado, em busca de Penélope (a esposa), de Telêmaco (o filho) e de seu reino, ameaçado de todos os modos e formas, é Argos quem o reconhece. O cão está abandonado, velho, doente, com piolhos no corpo todo. Argos morre ao perceber a chegada de Ulisses. Intuiu que Ulisses ainda não podia se revelar e, por isso, deixou-o passar.

Há o Quincas Borba, o cão, e não o personagem (porque há os dois) de Machado de Assis. Parece-me que Quincas era bonito, cor de chumbo, malhado de preto. Quincas (o personagem) o batizou com o próprio nome, talvez porque pretendesse sobreviver, no nome do cão. Achava que morreria antes. Rubião, o herdeiro do Quincas (personagem) foi incumbido de cuidar de Quincas (o cão). Quincas (o cão) somente tem boas lembranças. Não se recorda dos chutes que levou. Recorda-se apenas dos carinhos e dos afagos. É fiel até nas memórias.

A fidelidade parece ser o traço comum desses cães. De onde o clichê, fidelidade canina, que parece um fato comprovado. Curioso e intrigante como a tradição opõe cães e gatos, fixando nesses últimos a dissimulação e o desprendimento, e naqueles primeiros a atenção e o envolvimento. Será possível?

Nessa tradição sobressai-se Baleia, tal como se apresenta na cativante narrativa de Graciliano Ramos. Segundo um de nossos maiores críticos (Carpeaux, naturalmente) o lirismo de Graciliano é “amusical, adinâmico, estático, sóbrio, clássico, classicista, traindo, às vezes, um passado parnasiano do escritor”. Segundo o mesmo crítico, Graciliano é meticuloso, elimina tudo o que não é essencial. Essa premissa crítica é constatada nas belíssimas páginas de descrição da cachorra Baleia, uma das mais líricas e tocantes de nossa prosa literária. O contraste entre o que evoca uma baleia e uma cachorra magra é desafiador. Na teoria literária esse contraste lembra o oxímoro, uma figura de linguagem que confunde dois enunciados excludentes. Uma cachorra magrinha e adoentada não pode ser uma baleia.

Na narrativa de Graciliano Baleia é uma cachorra de fato doente, que estava para morrer. Absolutamente magra, é desenhada como a cachorra cujas costelas avultavam em fundo ósseo. Resistiu a vários sofrimentos. Fabiano (o tutor da cachorra, na linguagem de hoje, não se fala mais em dono do animal) não vê outra alternativa senão sacrificá-la. Uma vida de pobreza e dificuldade, em um tempo muito diferente do nosso, não sugere proximidade ou possibilidade de cuidados veterinários. Fabiano havia tentado um rosário de sabugos de milho, queimados em torno do pescoço de Baleia, por quem sem dúvida tinha muito afeto.

Foi buscar a espingarda. As crianças da casa suspeitavam que Baleia corria perigo. E tinham razão. Baleia era uma pessoa da família. E a referência - - pessoa - - não é alegórica ou metafórica. A decisão de Fabiano, no entanto, era necessária. Pobre da Baleia, lembra o narrador. As crianças da caça se insurgem. A mãe, Sinhá Vitória, pretende controlar os filhos. Choram alto. O tiro de Fabiano atinge e inutiliza uma das pernas da cachorra. Baleia foge, em desespero. Corre com três patas. Um destino desconhecido que busca aos pulos. Perdia sangue. O narrador conta-nos que Baleia começava a andar como uma pessoa: com dois pés.

Exausta, Baleia caiu, junto às pedras justamente onde os meninos da casa jogavam as cobras mortas. Prossegue Graciliano, lê-se que uma sede horrível queimava a garganta do animal. Latia (na verdade uivava baixinho). Queria morder Fabiano, mas não podia, era uma cachorra submissa. Sentia o cheiro dos preás, queria apanhá-los. Sentia a ameaça do objeto desconhecido (a espingarda, certamente).

Na luta, lembrava ainda que precisava vigiar as crianças. Que angústia. Tremia. Uma onda fria tomava seu corpo. Queria dormir. E queria sonhar com um mundo cheio de preás. Queria sonhar que lambia a mão de Fabiano. Era um mundo de preás, gordos, enormes. Queria sonhar.

Graciliano, na figura de Baleia, nos dá uma lição de pureza, de inocência e de honestidade. Por intermédio de uma cachorra tocou no insondável mistério da alma humana, pelo menos no que somos no potencial de nossos sonhos. A Baleia, que à beira da morte sonhava com preás saborosos, pode ser puro exemplo de que é possível a fé sem certeza. Graciliano não caiu na tentação de explicar o mistério pelo próprio mistério. A fé que Baleia revelava ao fim de uma vida triste não excluía a precariedade. Essa é a dúvida que o narrador comunica ao leitor, em forma de solução que garante a paz. Tudo muito humano. Afinal, não há nada, absolutamente nada, que nos impeça de sonhar.

Revista Consultor Jurídico