Segundo o portal de notícias Atual7 (https://atual7.com/noticias/politica/2020/12/elo-entre-agiotas-e-integrantes-da-bancada-federal-do-ma-deve-levar-agil-final-para-o-stf/) três suspeitos de associação criminosa foram presos preventivamente pela Polícia Federal e dentre eles, o ex-prefeito de Água Doce.
Deflagrada
pela Polícia Federal, nessa quinta-feira 3, a Operação Ágil Final deve chegar
ao STF (Supremo Tribunal Federal), por conta do elo entre agiotas, lobistas e
integrantes da bancada federal do Maranhão.
Para
avançar nas investigações e evitar o trancamento do inquérito policial, a
partir de informações colhidas no bojo da operação e em publicações da
imprensa, os investigadores terão de ter autorização do Supremo, por meio da
PGR (Procuradoria-Geral da República), em razão de foro privilegiado por
prerrogativa de função dos parlamentares.
Parte dos suspeitos de associação criminosa foi presa preventivamente pela PF, ontem: o agiota Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan; o vereador de Itapecuru Mirim, Abraão Nunes Martins Neto (PDT); e o ex-prefeito de Água Doce, Antônio Jose Silva Rocha (PSDB).
De
acordo com a PF, por meio de ameaças ao prefeito de São José de Ribamar, Eudes
Sampaio (PTB), eles buscavam o pagamento de parte dos recursos públicos
federais destinados ao município, sob o pretexto de ter influído na destinação
das verbas.
É
onde entram os integrantes da bancada federal do Maranhão, tanto da Câmara
quanto do Senado.
Principalmente
durante a pandemia do novo coronavírus, após a edição da Portaria 1.666, de 1°
de julho de 2020 pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido), agiotas e
lobistas —entre eles o famigerado João Batista Magalhães, o Magáiver— começaram
a procurar de prefeitos do interior do Maranhão, inicialmente para negociar e
depois para exigir o pagamento de até 30% de recursos federais transferidos
para as contas das prefeituras.
As
cobranças, porém, diferentemente do denunciado por Eudes Sampaio ao Ministério
Público Federal, não teriam sido feitas por acaso. Por trás, existiria um
perigoso esquema envolvendo integrantes da bancada federal maranhense, que, em
paralelo às indicações ao destino da verba federal, teriam vendido esses
recursos por até 20% do valor, recebendo à vista. Na outra ponta, já acertados
com gestores municipais, lobistas e agiotas ficariam com o poder de indicar
quais empresas, maior parte de fachada, deveriam ser contratadas para a compra
de produtos ou execução de serviços, colocando no valor contratado o ágil
final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário