Minutos após sair do gabinete do Ministro do TSE, senador João Alberto foi agraciado com a decisão que retornou o prefeito que apoiou seu filho João Marcelo na eleição do ano passado.

Agenda do Ministro Henrique Neves mostra reunião com o Senador João Alberto e em seguida decidiu pelo retorno do prefeito apadrinhado pelo político maranhense.
Na política assim como no Justiça Eleitoral, existem lá suas coincidências, mas nada se compara ao que aconteceu ontem, terça-feira 12/05, no gabinete do Ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Henrique Neves da Silva, em Brasília.
No site do TSE, deixa claro qual a agenda do Ministro, para o dia 12 de maio de 2015. Henrique Neves recebeu o Senador João Alberto Souza (PMDB-MA) e em seguida apreciou o Mandado de Segurança nº 233-66, Raposa/MA. Veja (AQUI).
Curiosamente, João Alberto é padrinho político do Prefeito Clodomir de Oliveira dos Santos, que estava cassado pela Justiça Eleitoral em primeira e segunda instância por compra de votos na eleição de 2012.
Logo após a reunião com João Alberto, o Ministro Henrique Neves da Silva deferiu liminar em mandado de segurança e determinou o retorno do aliado do Senador ao mandato que tinha sido cassado pelo Juiz Osmar Filho e pelo Tribunal Regional Eleitoral. Na decisão, o Ministro deu efeito suspensivo a um recurso especial impetrado, o que tornou sem efeito a decisão do TRE-MA.

Clodomir apoiou o filho do Senador João Alberto como candidato a deputado federal em troca interferência no processo de sua cassação.
Na eleição do ano passado, Clodomir de Oliveira dos Santos, que retorna ao cargo nesta quarta-feira 13/05, apoiou o filho do senador, então candidato a deputado federal João Marcelo. Na última vez que Clodomir tinha sido cassado, João Alberto deixou claro que agiu junto ao Desembargador Guerreiro Junior e veio pessoalmente acompanhado do seu filho João Marcelo, ao município de Raposa. Em discurso na residencia de Clodomir, o senador não escondeu que iria se empenhar na causa do processo eleitoral que ainda tramita na justiça eleitoral.
Decisão absurda
Na decisão do ministro que retornou o aliado do Senador João Alberto ao cargo, sinais claros de interferências, pedido e apadrinhagem política. O argumento de Henrique Neves é absurdo: diz que resolveu conceder a liminar por prevê o futuro: alega que são fortes as chances de que o recurso especial protocolado seja julgado procedente.
“… considero presente a forte possibilidade de êxito do recurso especial, cuja admissibilidade e mérito, por óbvio, somente serão decididos no momento oportuno do seu julgamento definitivo…”, decidiu.
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