
O projeto determina que a distribuição de vagas deve ser feita
respeitando o quociente eleitoral na votação obtida pelo partido, mesmo
quando há coligações. Assim, as legendas que não alcançarem o quociente
não podem disputar as sobras de vagas. As novas normas visam eliminar a
figura do “puxador de voto”, quando candidatos muito bem votados acabam
elegendo colegas de outros partidos coligados com baixo desempenho nas
urnas.
O relator da comissão, Romero Jucá (PMDB-RR), esclareceu que outro
objetivo é fortalecer os partidos e inibir a proliferação de novas
legendas.
— Estamos fazendo com que cada partido procure se fortalecer para
ter, efetivamente, um processo eleitoral que contribua com o país —
disse Jucá.
A mesma defesa fez o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Para ele, é importante desestimular as legendas de aluguel.
— E [o projeto] desestimula os partidos de um dono só que pegam
carona nas coligações para usurpar e sugar os votos de outros partidos
para se eleger — observou Aécio.
O senador Telmário Mota (PDT-RR), por outro lado, foi contra a
proposta. Argumentou que a ideia pode acabar com os pequenos partidos.
— Isso é um arranjo para facilitar para os maiores partidos. Eu vejo
com isso mais um mecanismo de tirar proveito desse momento para
beneficiar os grandes partidos — protestou Telmário.
Os senadores Reguffe (PDT-DF), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e
Donizeti Nogueira (PT-TO) também discutiram a proposta que seguiu para
exame da Câmara dos Deputados.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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