
A agência espacial Nasa e a Administração Nacional de Segurança Nuclear
anunciaram que estão trabalhando em conjunto sobre a possibilidade de
destruir asteroides perigosos usando armas nucleares. A carga nuclear
poderia ser transportada por um foguete.
"Muitas vezes, essas agências se concentram em suas próprias peças do
quebra-cabeça, então qualquer coisa que façam elas se unirem, é benéfico", opinou Bruce Betts, diretor de ciência e tecnologia da Sociedade Planetária, nos EUA.
Os cientistas acreditam que existem cerca de um milhão de asteroides
próximos da Terra que poderiam representar uma ameaça ao nosso planeta,
mas apenas uma pequena fração foi detectada até então.
A prova dramática de que qualquer um destes corpos podem atingir a
Terra aconteceu em 15 de fevereiro do ano passado, quando um objeto
desconhecido atingiu Chelyabinsk, na Rússia, com a energia de 20 a 30
vezes da bomba atômica de Hiroshima.
A onda de choque resultante causou danos generalizados e ferimentos,
tornando-se o maior objeto natural conhecido a entrar na atmosfera,
desde o evento de Tunguska, em 1908, que destruiu uma área de floresta
da Sibéria.
Usar armas nucleares para explodir asteroides pode funcionar
particularmente bem em asteroides e cometas médios, entre cerca de 50 e
150 metros de diâmetro. Alguns especialistas, no entanto, afirmam que
os fragmentos de rocha resultantes poderiam piorar a situação, e que
desviar um asteroide seria uma solução mais adequada.
Explodir um asteroide com armas nucleares já foi proposto no passado.
Em 2014, uma equipe de Iowa esboçou uma visão semelhante em uma
conferência da Nasa, dizendo que seria necessário apenas uma semana de
aviso prévio para desenvolver o sistema. Chamado de Hypervelocity
Asteroid Intercept Vehicle, ou HAIV, a embarcação iria encontrar-se com
um asteroide no espaço profundo.
O HAIV seria composto por uma nave espacial líder, que atingiria o
cometa, causando uma cratera no objeto. Cerca de um milésimo de segundo
depois, uma nave espacial, carregando explosivos nucleares, teria
atingido o interior da cratera, aumentando sua eficácia em até 20
vezes.
Ao longo das últimas duas décadas, a Nasa tem procurado asteroides
perigosos próximos da Terra, com mais de 1 quilômetro de diâmetro, e
afirma ter detectado 98% deles. Mas os sistemas de detecção de
asteroides existentes podem rastrear apenas um por cento dos objetos
estimados que orbitam o Sol, segundo a empresa de mineração de
asteroides, Planetary Resources, que é uma parceira da Nasa no projeto.
Fonte: DailyMail Foto: Reprodução / NASA
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