A REDE BURITI realizou no último dia
21, o Colóquio de Questões Ambientais: Rio
Bom Gosto, no Polo Darcy Ribeiro/UEMA. Com o objetivo de discutir as
problemáticas do Rio Bom Gosto e buscar alternativas para a recuperação,
preservação e conservação desse frágil ambiente natural.
O colóquio contou a presença de estudantes, jovens do Grupo JUF (Jovens
Unidos Franciscanos), professores, representantes de associações comunitárias,
técnicos agrícolas e moradores do Bom Gosto.
O evento foi composto por duas
palestras. A primeira palestra foi conduzida por Paulo Sousa (Geógrafo/Analista
Ambiental, Superintende de Monitoramento e Condicionantes), que veio
representando a Srª. Liene Pereira, Secretária Adjunta de Desenvolvimento
Sustentável da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais. Na
sua exposição, foi abordado sobre as ações para a sustentabilidade da Bacia
Hidrográfica do Rio Bom Gosto e região, em situação de vulnerabilidade
ambiental, por meio de ações de prevenção, recuperação, conservação e
preservação, foram contemplados ainda nessa oportunidade, informações acerca
dos problemas comuns às bacias hidrográficas: monitoramento ambiental
insuficiente, manejo inadequado do solo, redução da biodiversidade, desmatamento, queimadas, erosão, assoreamente e construções
irregulares nas margens de rio (casos mais comuns encontradas nas
margens do Rio Bom Gosto).
Foram expostas imagens da delimitação
da Bacia Hidrográfica do Rio Bom Gosto,
foram também acrescentado no evento informações sobre o CAR (Cadastro Ambiental Rural), Lei Nº 12.654 de 25 de maio de 2012
- novo Código Florestal, que criou o CAR, que é um registro eletrônico,
obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar
informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação
Permanentes-APPs, das Áreas de Reserva Legal-ARL, das florestas e dos
remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito-AUR e das áreas
consolidadas das propriedades e posses rurais do país. Com isso, todos os
proprietários de sítios, devem fazer o CAR e as associações dos povoados onde ficam na bacia hidrográfica do Bom Gosto
devem também fazer o devido cadastro. Paulo finalizou sua fala, apontando
medidas e ações para a bacia hidrográfica do Rio Bom Gosto: Educação Ambiental, monitoramento
hidrológico, projeto orla e cadastro ambiental
rural.
A segunda palestra, intitulada: “Recuperação
de matas ciliares através de Sistemas Agroflorestais (SAFs)”. Foi proferida
pelo Eng. Agrônomo e Mestre em
Agroecologia, Marcela Zalarayán, Consultor Ambiental da ONG Associação Educação
e Meio Ambiente (EMA).
O palestrante iniciou com algumas
fotos de rios, com destaque para o Rio Doce (MG), que foi atingido pelo
rompimento de barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), fotos de rios
que estão sofrendo, seja por fatores naturais ou por ações antrópicas de forma aceleradas.
Marcelo Zelarayán, mostou
alternativas de como restaurar rios: parar de poluir, não fazer queimadas e
mudar o sistema de roça, pensar numa agricultura diferente, que são os Sistemas
Agroflorestais (SAFs) para a conservação do solo.
O que são Sistemas Agroflorestais
(SAFs)? São formas de uso/manejo da terra que combina espécies
árboreas/frutíferas ou madeireiras com cultivos agrícolas/animais de forma
simultânea ou numa sequencia temporal. Esse sistema pode ser utilizado como
agente de recuperação da mata ciliar (sem retirada da madeira). Ele finaliza mostrando algumas alternativas
para recuperar o Rio Bom Gosto: caracterizar a área, fazer a
marcação dos prontos mais sensíveis (desmatamento, retirada de areia,
pastos, queimadas), cercar a área problemática, conhecer as
espécies, produção de mudas, coleta de sementes e
a implantação urgente de agroflorestais.
Após as exposições, foram feitas
algumas intervenções pelo público presente, onde foram demonstradas várias
preocupações acerca dos problemas no/do rio Bom Gosto, foi muito proveitoso o
momento dos debates. Com essas contribuições, entre palestrantes e público
presentes, o colóquio contribuiu sobremaneira, para que sejam realizadas
através da REDE BURITI articuladas com outros órgãos, ações ampliadas de forma
contínua e ostensiva.
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Paulo Sousa (Geógrafo/Analista Ambiental, Superintende de Monitoramento e Condicionantes) |
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