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Governo federal pressionou a Febraban por meio dos bancos públicos |
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) reafirmou na noite desta quinta-feira (2/9) apoio emprestado ao manifesto "A Praça é dos Três Poderes", cuja adesão se deu, desde o início, segundo a instituição, "dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país".
"A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) assumiu a coordenação do processo de coleta de assinaturas e se responsabilizou pela publicação, conforme e-mail dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto", prossegue a entidade.
A Febraban "considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade".
"A federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto."
Diante disso, a Febraban avaliou que, no seu âmbito, "o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto".
"A Febraban confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa."
Leia a abaixo a íntegra do manifesto "A Praça é dos Três Poderes":
"A
praça dos Três Poderes encarna a representação arquitetônica da
independência e harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário, essência da República. Esse espaço foi construído formando
um triângulo equilátero, cujos vértices são os edifícios-sede de cada um
dos poderes.
Esta disposição deixa claro que nenhum dos prédios é superior em
importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir
dos demais. Em resumo, a harmonia tem de ser a regra entre eles.
Este princípio está presente de forma clara na Constituição Federal,
pilar do ordenamento jurídico do país. Diante disso, é primordial que
todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a
Constituição nos impõe.
As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com
grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as
autoridades públicas. O momento exige de todos serenidade, diálogo,
pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em
ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a
pandemia, volte a crescer, a gerar empregos e assim possa reduzir as
carências sociais que atingem amplos segmentos da população.
Mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do
Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com
responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos
estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação
brasileira."
Fonte: Revista Consultor Jurídico, 2 de setembro de 2021, 20h35
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