sábado, 17 de julho de 2021

COMUNICADO DA CHAPA 1 SOBRE O ADIAMENTO DA ELEIÇÃO DO IHGM.

 



Caríssimas Confreiras e Caríssimos Confrades,

 

 

A verdade sempre triunfa. Mais cedo ou mais tarde, o que é de direito prevalece.

Nenhuma atitude fora tomada pela Presidência do IHGM para que houvesse eleição de Diretoria e Conselho Fiscal para o biênio 2021-2023. Provocamos a Promotoria de Justiça das Fundações e Entidades de Interesse Social de São Luís para levar a entidade a realizar a eleição, como manda o Estatuto. O processo eleitoral foi deflagrado. Essa foi nossa primeira vitória em prol do IHGM.

Com o processo eleitoral em marcha, esforçamo-nos para formar uma chapa, correndo contra o tempo e todas as dificuldades que enfrentam os desprotegidos do poder de ocasião, e fomos os primeiros a obter registro para a disputa, no dia 9, apresentando a documentação completa dos componentes da chapa, todos absolutamente elegíveis. Registrar nessas condições a Chapa 1 foi a nossa segunda vitória.

Com fundado receio de que a Chapa 2, em que figura como candidato a Vice-Presidente o atual Presidente do IHGM, não fora tão ciosa da regularidade da respectiva documentação, buscamos exercer o fundamental direito de fiscalização, como concorrentes. A Comissão Eleitoral, de três membros, dois dos quais parentes consanguíneos de primeiro e segundo graus de candidatos da Chapa 2, negou-nos, e só depois de três dias, o acesso à documentação sem justificativa plausível. Já havíamos pleiteado à Presidência da Casa a exclusão desses dois membros e recebido silêncio como resposta.

O Regimento Eleitoral publicado no site do IHGM previa que os votos dados à distância, que, por sua natureza, são abertos, seriam, paradoxalmente, conhecidos somente pela Comissão Eleitoral e pelo presidente da Assembleia Geral Eleitoral. Protestamos, exigindo, por escrito, o restabelecimento da redação aprovada na assembleia geral preparatória do pleito. Depois de abordagem direta e presencial, oralmente, ao Presidente, conseguimos a retificação da norma e sua republicação, garantindo o direito de fiscalização desses votos. Foi a nossa terceira vitória.

A constatação de outras situações esquisitas, também capazes de deixar o pleito sob suspeição, levaram-nos, finalmente, a bater às portas do Ministério Público mais uma vez, considerando a condição de supervisora do pleito que essa instituição adquirira, tornando-se, na prática, instância de fiscalização e controle deste. Alegamos o impedimento dos dois membros da Comissão Eleitoral, e mais: 1) a secretaria do IHGM  havia divulgado  duas listas de membros adimplentes até a data anterior ao início do prazo para pedidos de registro de chapas, e em nenhuma delas constou o nome do confrade que figurava como candidato a 1º Secretário na Chapa 2; e 2) a lista dos adimplentes para votar foi divulgada, mediante publicação no grupo de WhatsApp do IHGM, mais de oito (8) horas depois do final do prazo para aquisição de adimplência (pagamento das contribuições em atraso), que foi às 14 horas do dia 12, abrindo espaço para o questionamento: teriam sido feitas contribuições após as 14 horas, razão do alcance do número recorde de 44 eleitores aptos a votar?

Enquanto não se obtinha uma resposta da Promotoria de Justiça das Fundações e Entidades de Interesse Social a essas questões, verificamos que havia divulgação (propaganda) da Chapa 2 na página inicial (capa) do portal do IHGM na internet (http://www.ihgmonline.org/), sem que igual oportunidade tivesse sido oferecida à Chapa 1. Denunciamos na noite de 13.07, no grupo de WhatsApp da nossa entidade, o fato atentatório à concorrência igualitária, desequilibrante da disputa, indiscutível que foi a atual direção da Casa que criou o site, sendo responsável, obviamente, por sua alimentação. Felizmente, o banner com tal propaganda não amanheceu no portal do IHGM em 14.07. Essa foi a nossa quarta vitória.

Ao nosso pedido de providências para moralizar o processo eleitoral o Ministério Público respondeu, inicialmente, realizando uma inspeção, de inopino, na documentação eleitoral do IHGM, in loco, na tarde do dia 14, da qual resultou, pela constatação das nossas suspeitas, a recomendação para que a Comissão Eleitoral se desfizesse dos dois membros impedidos e incorporasse substitutos aptos; para que determinasse a exclusão do candidato a 1º Secretário da Chapa 2, por falta de condição de elegibilidade à época do pedido de registro da candidatura (inadimplência), concedendo a possbilidade de substituição em 72 horas; e para que adiasse a eleição para o dia 12 de Agosto. A Comissão assim procedeu. Vencemos. Foi a nossa quinta vitória. Depois da conquista de garantia da eleição, foi a mais significativa vitória.

Reafirmamos, com Antônio Lopes, nosso patrono-mor: “cultuar a tradição, venerar o passado, estudar o Maranhão, eis para que foi criado o Instituto”. Não foi criado para fazer feio, quase centenário, no conjunto das instituições culturais do Estado, realizando uma eleição viciada.

Reafirmamos: por definição do seu estatuto, o IHGM “é obra perene que se sucede no tempo, é órgão que se insere na vida histórica do Estado do Maranhão” (art. 42) – portanto, não é de um indivíduo ou de um grupo, não se prestando a satisfazer interesses pessoais de qualquer natureza.

Temos lutado com as vestes e as armas da Verdade. Lutamos por uma disputa presidida pela Ética. E temos provado que assim lutamos.

Não vale a pena a busca de poder a qualquer custo. Vale a pena, ao contrário, lutar com honestidade pela oportunidade de executar o trabalho que estamos preparados para oferecer.

Unidos pelo IHGM, a caminho do centenário! Até a vitória! 

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