Dados divulgados pelo Programa Conjunto da ONU para HIV/Aids, o Unaids, revelam que, no Brasil, houve um aumento de 21% no número de novas infecções pelo vírus entre 2010 e 2018.
O número o coloca como um dos países da América Latina com maior aumento de casos, cerca de 100 mil em 2018.
Aproximadamente metade dos países da região viu aumentos na incidência entre 2010 e 2018, com os maiores aumentos ocorrendo em Brasil (21%), Costa Rica (21%), Bolívia (22%) e Chile (34%).
Os dados foram compilados pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
Cerca de 40% das novas infecções por HIV na América Latina no ano passado aconteceram entre homossexuais e homens que mantêm ou mantiveram relações sexuais com homens.
Na região, clientes de trabalhadores sexuais representaram 15% dos novos casos, à frente de mulheres transgêneros (4%), trabalhadores sexuais (3%) e usuários de drogas injetáveis (3%). O restante da população é responsável por 35% das infecções.
No Maranhão, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES/MA), desde 1985 até outubro de 2018, mais de 19 mil pessoas foram detectadas com o vírus HIV no estado do Maranhão com 62% dos casos sendo homens e 38% são mulheres. No Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2012 a taxa de detecção era de 21,7 casos por cada 100 mil habitantes e, em 2017, foram 18,3, uma queda de 15,7%.
No ano de 2017 houve 1102 casos diagnosticados. Já em 2018, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Maranhão notificou 796 casos de Aids, o que colocou o estado no estudo mais recente do Ministério da Saúde, no terceiro lugar dentre os estados do Nordeste com maior número de pessoas infectadas pelo vírus HIV, segundo o boletim epidemiológico do ano de 2018, em pesquisa realizada pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis. De janeiro a agosto deste ano, o estado contabilizou 283 novos registros.
De acordo com o mesmo boletim, desde o ano de 2014, observou-se aumento da taxa de detecção de aids no estado. Eram 19,7 casos por cada 100 mil habitantes, em 2014, e, em 017, passou para 21,3 para cada 100 mil habitantes, o que representou um aumento de 8,1%.
Maranhão fica em 2º no ranking dos estados
A taxa de detecção no Maranhão é de 69% na década de 2007 a 2017. O índice passou de 12,6 para 21,3. Nesse aspecto, o Maranhão fica em segundo no ranking dos estados brasileiros, ficando atrás apenas de Alagoas. Em se tratando de Nordeste, fica em primeiro, em casos registrados.
De 1985 a 2017, o Maranhão registou 17.773 casos de Aids, sendo 62,8% do sexo masculino (11.165 casos) e 37,2% do sexo feminino (6.608 casos). No período São Luís possuía 45,3 % das notificações (8.111 casos), vindo em seguida a Região de Imperatriz com 9,3% (1.654 casos). “Dentro de sua competência, a SES apoia os municípios maranhenses no enfrentamento de HIV/Aids realizando a distribuição dos insumos estratégicos de prevenção desta e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST): preservativos (masculino e feminino), gel lubrificante, além de ter descentralizado a logística de testes rápidos anti-HIV, sífilis, Hepatite B e C nas 18 Unidades Gestores Regionais de Saúde, abrangendo 217 municípios”, disse a SES em nota.
A Secretaria informa ainda que implantou o Comitê de Investigação da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B que realiza ações de combate ao HIV/Aids e a outras IST, investindo na qualificação de profissionais na execução da testagem rápida para quatro agravos e dando apoio na formação dos profissionais dos municípios Planificados.
De 1980 a junho de 2018, em 38 anos, o Brasil registrou 926.742 casos de Aids, uma média de 40 mil novos casos por ano.
De acordo com o Boletim Epidemiológico, o número anual de casos de Aids vem diminuindo desde 2013, quando atingiu 43.269 casos; em 2017, foram diagnosticados 42.420 novos casos de HIV.
Estatísticas
37,9 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV
1,7 milhão de novas infecções por HIV
770 mil pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS
74,9 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia
32 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia.
Fonte: O IMPARCIAL
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