quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Promotor pede que conste em ata que defensor público é maconheiro


Debate sobre suposto uso de maconha acabou em ata do TJ de São Paulo
A 1ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça de São Paulo serviu de cenário para um debate inusitado. Um defensor público requereu a desclassificação do crime de que seu cliente era acusado para lesão corporal ou mesmo a absolvição do acusado por clemência.
Por sua vez, o promotor perguntou a uma das testemunhas envolvidas no caso (irmão do réu) se ele usava drogas. A resposta foi negativa.
Mas, durante o debate, o defensor do réu, que também é advogado, insinuou que representante do Ministério Público julgava as pessoas pela aparência. A razão da alegação teria sido o fato de a acusação ter perguntando a apenas uma testemunha se ela usava drogas.
A réplica veio e o debate esquentou. O promotor afirmou que não julgava as pessoas pela aparência e que poderia perguntar para qualquer um sobre o uso de drogas.
Para demonstrar seu argumento, ele perguntou diretamente ao membro da Defensoria Pública se ele fumava maconha.
A tréplica do defensor foi positiva. E, sem pestanejar, o representante acusatório da lei solicitou que constasse em ata que o ele teria admitido em público que era um "maconheiro".
Diante do pedido, o advogado também solicitou que contasse em ata que sua resposta foi "irônica". Que sua afirmação teria meramente fins retóricos no exercício da plenitude de defesa. Ninguém evocou a fumaça do bom direito.
Clique aqui para ler o trecho da ata

 é repórter da revista Consultor Jurídico.
Revista Consultor Jurídico, 10 de outubro de 2019, 21h13

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