Goiânia – Pacientes do médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, relatam que ele usava a profissão para abusar sexualmente de mulheres. Uma das pacientes contou que ele a assediou, quando ela tinha 18 anos, durante um exame de ultrassom intravaginal, em junho de 2018, na Região Administrativa de Samambaia (DF).
Nicodemos chegou a ser condenado a dois anos de prisão por importunação sexual, por causa desse abuso de 2018, mas ele respondia em liberdade e continuava a atender pacientes em Anápolis (GO), a cerca de 60 km de Goiânia. O ginecologista está preso desde quarta-feira (29/9) por suspeita de violação sexual mediante fraude, contra três mulheres de Goiás.
O abuso de 2018 teria ocorrido quando a vítima de 18 anos foi fazer uma ultrassonografia transvaginal com Nicodemos. Segundo testemunhas, o médico dispensou o auxílio de um enfermeiro para digitar o laudo e ficou sozinho com a paciente.
Beijo forçado
Durante o procedimento, o médico teria introduzido um dos dedos na vagina da vítima e pediu que ela fechasse os olhos. O próprio ginecologista afirmou, em interrogatório judicial, que em ultrassonografia não é preciso tocar a vagina da paciente.
Mesmo com a reação da paciente, o ginecologista teria tentado beijá-la. Na delegacia, a vítima disse que ele a “encoxou” e perguntou se ela se masturbava.
“Gosto muito de mulher”
Depois do abuso, o médico teria pedido para que a jovem se acalmasse e teria mostrado suas mãos trêmulas e dito:
“Olha só como você me deixa. Todos os ginecologistas podem até ser ‘viados’, mas eu não sou, pois gosto muito de mulher”, teria afirmado, segundo depoimento da vítima.
A jovem saiu da clínica e procurou uma delegacia no mesmo momento, onde abriu um boletim de ocorrência. Além disso, ela relatou o caso para vários conhecidos, como amigos, que também deram depoimento no processo.
Enquanto o caso não era julgado, a vítima chegou a expor o médico nas redes sociais. Ele a processou por difamação, mas ela foi absolvida.
“Exercício profissional”
Até agora, 41 vítimas já foram ouvidas pela Polícia Civil de Goiás. Mas o número pode chegar a 100. A defesa do ginecologista tem dito que as situações se enquadram como “simples exercício profissional”.
“O médico, em nenhum momento, realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual”, diz nota da defesa distribuída à imprensa.
O advogado Carlos Eduardo Gonçalves Martins também afirmou que vários pacientes de Nicodemos ligaram para familiares do médico, assustados com a prisão, e se prontificaram a prestar depoimento em favor do ginecologista.
A jovem saiu da clínica e procurou uma delegacia no mesmo momento, onde abriu um boletim de ocorrência. Além disso, ela relatou o caso para vários conhecidos, como amigos, que também deram depoimento no processo.
Enquanto o caso não era julgado, a vítima chegou a expor o médico nas redes sociais. Ele a processou por difamação, mas ela foi absolvida.
“Exercício profissional”
Até agora, 41 vítimas já foram ouvidas pela Polícia Civil de Goiás. Mas o número pode chegar a 100. A defesa do ginecologista tem dito que as situações se enquadram como “simples exercício profissional”.
“O médico, em nenhum momento, realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual”, diz nota da defesa distribuída à imprensa.
Fonte: Metrópoles
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