A primeira controvérsia
em torno da minirreforma eleitoral, que está sendo votada neste momento
na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), é sobre a
divulgação do nome dos doadores de campanhas. Senadores como Pedro
Taques (PDT-MT) são favoráveis a que a identificação dos doadores
apareça já nas prestações de contas parciais, mas o relator do projeto,
senador Romero Jucá (PMDB-RR) é contra.
Para manter a informação sobre os doadores apenas na prestação final,
Jucá alega que os eles poderão ter seus nomes divulgados pela imprensa e
sofrer pressões para não escolher determinado candidato ou para dividir
os recursos com outros candidatos.
- Alguém poderá dizer: se doou para outro, tem que doar para mim também - avaliou o relator.
Ao contestar a rejeição de sua emenda, Taques disse que a
transparência é uma direito constitucional do cidadão. É a forma, no
entender do senador mato-grossense, de o eleitor conferir a franqueza e a
honestidade dos candidatos:
- Imagine um candidato que se apresente como defensor do meio
ambiente, mas que receba recursos de empresas que atuem na direção
contrária - questionou Taques, ao antecipar pedido de destaque à sua
emenda, mecanismo previsto no Regimento quando uma emenda é rejeitada
pelo relator.
"Em nome da transparência", o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
apoiou a proposta de Taques no sentido de que os nomes dos doares sejam
levados ao conhecimento do público pelo menos duas vezes durante a
campanha.
Para Rollemberg, a emenda de Suplicy prevendo informação diária dos
nomes de doadores, quantias doadas e gastos efetuados pode trazer
dificuldades práticas.
Fonte: Agência Senado
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