É nas adversidades dos problemas diários
que mostramos se realmente somos competentes. Preste à completar um ano
no cargo como Prefeito de Raposa, Clodomir dos Santos Oliveira,
administrativamente, se depara com o primeiro grande desafio de sua
gestão.
Aprovado na última sexta-feira 25/10, na
Câmara de Vereadores de Raposa, o Plano de Cargos, Carreiras e Salários
dos Servidores Públicos de Raposa – PCCS, é uma “batata quentíssima”
nas mãos do gestor.
Os servidores públicos de Raposa são
merecedores da devida valorização salarial, sem sombra de dúvida, o
mérito da questão é indiscutível. A árdua luta dos servidores,
representados pela entidade de classe e o incessante esforço dos lideres
sindicais locais, foram fundamental para aprovação do Projeto na Câmara
de Vereadores.
O projeto nº 04/2012, que trata do PCCS,
foi preparado ainda na gestão desastrosa do ex-prefeito Onacy Vieira
Carneiro, chegou na Câmara de Vereadores em maio de 2012, por lá,
adormeceu até a última sexta-feira, quando por votação unanime dos
vereadores foi aprovado.
O bom tempo que o Projeto ficou empacado
na Câmara, se deve as articulação do Presidente da Câmara Eudes
Barros(PRTB) que sem interesse durante o período que o sogro esteve no
comando da Prefeitura, decidiu jogar, só agora, em 2012, o pepino direto
ao atual gestor.
O termômetro das discussões entre o
chefe do executivo e as entidades representativas de classe, pela sanção
do Projeto, puderam ser conhecidas na reunião da última terça-feira
29/10, na sede da Prefeitura. Entre os muitos artigos e as divergências
no PCCS, ficou claro que o assunto não está definitivamente resolvido.
Clodomir tem agora um Projeto que não
foi criado em sua administração, aprovado por unanimidade na Câmara, que
se sancionado – e bom seria para os servidores – trará um impacto
financeiro aos cofres públicos estimados em aproximadamente R$ 100 mil
reais mensais.
Resultado: O aumento nos vencimentos dos
servidores, previsto no Projeto, segundo fontes da Prefeitura,
representa situação embaraçosa para o cofre da Prefeitura e são irreais
para a realidade financeira da Cidade.
Como agir? Aprovar e comprometer as finanças?
Vetar o projeto e bater de frente com os
servidores? Se feito, certamente, iniciarão uma paralisação que só terá
fim após sanção do Prefeito ao Projeto do PCCS.
Especulações dão conta que, se aprovado,
o Projeto resultará no corte de inúmeros funcionários contratos na
folha da Prefeitura.
Evidentemente, que os supostos cortes, serão de
servidores mais alinhados ao grupo do ex-prefeito Paraíba. Seria uma
espécie de resposta ao “fogo amigo” de Eudes
Barros, que movimentou-se
nos bastidores para junto com os demais vereadores aprovar o PCCS.
Independentemente da decisão do
Prefeito, todas as opções, de uma forma ou de outra, trazem em seu bojo,
desgaste político a atual gestão e, precisam de muito traquejo para
solução.
De certo, que o Prefeito Clodomir de Oliveira precisa de uma jogada com muita habilidade para sair dessa sinuca de bico.
Fonte: Blog do Domingos Costa.
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