Ex-presidente Jair Bolsonaro é suspeito de adulterar registro de vacinação |
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quarta-feira (3/5), em Brasília, o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, no âmbito de uma investigação sobre falsificação de dados vacinais e inserção dessas informações nos sistemas do Ministério da Saúde.
O também ex-assessor Max Guilherme e Sergio Cordeiro, que atuava como segurança de Bolsonaro, são os outros alvos da ação policial. As informações são da Folha de S. Paulo.
A PF também cumpre mandado de busca e apreensão em endereço do ex-presidente. As decisões estão sendo cumpridas no âmbito do chamado inquérito das milícias digitais, que corre no Supremo Tribunal Federal com relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com informações da GloboNews, o ex-presidente deve prestar depoimento ainda nesta quarta-feira na Polícia Federal.
Ao todo, a polícia cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de janeiro, segundo a reportagem.
"A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19. (...) Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores", diz a PF, conforme publicado pelo jornal.
A suspeita é de que os registros de vacinação de Bolsonaro, Cid e da filha mais nova do ex-presidente, Laura Bolsonaro, tenham sido forjados. Eles teriam inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde para conseguir o certificado de vacinação e viajar aos Estados Unidos.
Cid tem relação muito próxima com Bolsonaro e está no centro de outra apuração da PF, que envolve as joias avaliadas em mais de R$ 16 milhões recebidas pelo ex-presidente como presente do governo da Arábia Saudita. O presente acabou confiscado pela Receita Federal, mas Cid tentou, por duas vezes, retirá-las no aeroporto internacional de Guarulhos.
Fonte: Revista Consultor Jurídico, 3 de maio de 2023, 8h35
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